Opiniões públicas sobre a ciência no Brasil
Fichas técnicas: Visões públicas sobre a ciência Selecione a ficha técnica Austrália Brasil Canadá República Tcheca França Alemanha Índia Itália Japão Malásia Holanda Polônia Rússia Cingapura Coreia do Sul Espanha Suécia Taiwan Reino Unido Estados Unidos Fichas técnicas: Vistas públicas sobre a ciência Selecione a ficha técnica Austrália Brasil Canadá República Tcheca França Alemanha Índia Itália Japão Malásia Holanda Polônia Rússia Cingapura Coreia do Sul Espanha Suécia Taiwan Reino Unido Estados UnidosEste conjunto de resultados mostra a opinião pública sobre questões relacionadas à ciência e o papel da ciência na sociedade brasileira. As descobertas vêm de uma pesquisa do Pew Research Center realizada em 20 públicos na Europa, Ásia-Pacífico, Rússia, EUA, Canadá e Brasil de outubro de 2019 a março de 2020.

Avaliações de tratamentos médicos, conquistas científicas e educação STEM no Brasil
A maioria, na maioria dos 20 públicos pesquisados, viu seus tratamentos médicos sob uma luz favorável às vésperas da pandemia global. Os tratamentos médicos costumam ser vistos de maneira mais favorável do que as realizações em outras áreas.

Entre os 20 públicos, uma mediana de 59% afirma que seus tratamentos médicos estão pelo menos acima da média. No Brasil, apenas 6% acham que os tratamentos médicos de seu país são os melhores do mundo ou acima da média, a menor parcela de qualquer um dos 20 públicos da pesquisa. A maioria dos brasileiros acha que seus tratamentos médicos estão abaixo da média (63%).
Em todas as áreas de realização, as avaliações são particularmente baixas no Brasil. Um em cada dez diz que as conquistas tecnológicas do Brasil e a educação universitária STEM são as melhores do mundo ou acima da média. E pequenas parcelas semelhantes dizem que suas realizações científicas (8%) e educação STEM primária e secundária (8%) estão pelo menos acima da média.
A maioria em todos os públicos concorda que ser um líder mundial em realizações científicas é pelo menos um pouco importante, mas a parte que vê isso comomuitoimportante varia de acordo com o público. Uma mediana de 20 públicos de 51% atribui o maior nível de importância em ser um líder mundial em ciências. No Brasil, 43% das pessoas dizem que ser líder mundial em conquistas científicas é muito importante.
No geral, há um amplo consenso entre esses 20 públicos de que vale a pena o investimento do governo em pesquisa científica. Uma mediana de 82% afirma que os investimentos do governo em pesquisa científica voltada para o avanço do conhecimento geralmente valem a pena para a sociedade ao longo do tempo. No Brasil, cerca de oito em cada dez dizem isso (79%).

Opiniões sobre inteligência artificial, ciência alimentar e vacinas infantis no Brasil
A maioria na maioria dos públicos vê o programa de exploração espacial do governo como uma coisa boa para a sociedade. Entre os 20 públicos, uma média de 72% dizem que o programa de exploração espacial do governo tem sido principalmente uma coisa boa para a sociedade. No Brasil, cerca de 55% dizem que o programa de exploração espacial da Agência Espacial Brasileira tem sido bom para a sociedade.

As visões públicas sobre inteligência artificial (IA) e o uso de robôs para automatizar trabalhos variam de público para público. Uma média de 53% diz que o desenvolvimento de IA, ou sistemas de computador projetados para imitar o comportamento humano, tem sido principalmente uma coisa boa para a sociedade, enquanto 33% dizem que tem sido uma coisa ruim. A pesquisa do Centro também descobriu que os públicos oferecem visões mistas sobre o uso de robôs para automatizar trabalhos. Entre os 20 públicos, uma média de 48% dizem que essa automação tem sido uma coisa boa, enquanto 42% dizem que tem sido uma coisa ruim.
No Brasil, uma parcela maior diz que o desenvolvimento da IA tem sido bom para a sociedade, e não ruim para a sociedade. Cerca de 53% dizem que a inteligência artificial tem sido boa para a sociedade, enquanto 39% dizem que tem sido ruim. As opiniões sobre o efeito da automação do local de trabalho por meio da robótica são muito mais negativas: 64% vêem esses desenvolvimentos como algo ruim.
Na maioria dos públicos pesquisados, as opiniões sobre a segurança de frutas e vegetais cultivados com pesticidas, alimentos e bebidas com conservantes artificiais e alimentos geneticamente modificados são muito mais negativas do que positivas. Cerca de metade acha que produtos cultivados com pesticidas (mediana de 53%), alimentos feitos com conservantes artificiais (53%) ou alimentos geneticamente modificados (48%) não são seguros. Os brasileiros são muito céticos em comparação. No Brasil, apenas 7% dizem que frutas e vegetais cultivados com agrotóxicos são seguros, enquanto seis em cada dez pensam que são inseguros e 31% dizem que não sabem o suficiente sobre o assunto para falar. Da mesma forma, dois terços acham que alimentos e bebidas com conservantes artificiais não são seguros para comer, e cerca de metade (49%) acham que os alimentos geneticamente modificados não são seguros.
Quando se trata de vacinas infantis, como a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR), uma mediana de 61% afirma que os benefícios preventivos para a saúde dessas vacinas são altos, e uma mediana de 55% acha que não há ou apenas um risco baixo de efeitos colaterais. No Brasil, 57% afirmam que os benefícios preventivos à saúde da vacina MMR são altos; metade classificou o risco de efeitos colaterais da vacina MMR como baixo ou nenhum.

Visões sobre clima e meio ambiente no Brasil
A maioria em todos os 20 públicos de pesquisa priorizaria a proteção do meio ambiente, mesmo que isso cause um crescimento econômico mais lento. Uma mediana de 71% priorizaria a proteção ambiental. No Brasil, uma parcela idêntica diz o seguinte: 71% dos brasileiros acham que a proteção ao meio ambiente deve ter prioridade, mesmo que cause um crescimento econômico mais lento e alguma perda de empregos. Uma parcela bem menor (25%) afirma que a criação de empregos deve ser a principal prioridade, mesmo que o meio ambiente seja prejudicado.
A preocupação do público com a mudança climática global aumentou nos últimos anos em muitos públicos pesquisados pelo Centro.
A maioria em todos os 20 públicos dizem que estão vendo pelo menos alguns efeitos da mudança climática onde vivem. Uma média de 70% afirma que está experimentando muitos ou alguns efeitos da mudança climática onde vive. No Brasil, cerca de três quartos (74%) afirmam que as mudanças climáticas estão afetando muito o local onde vivem (50%) ou algo (24%).
Uma mediana de 58% para 20 públicos diz que o governo nacional está fazendo muito pouco para reduzir os efeitos das mudanças climáticas. Metade dos brasileiros afirma que o governo está fazendo muito pouco para reduzir os efeitos das mudanças climáticas, enquanto 41% dizem que o governo está fazendo a quantidade certa e apenas 4% dizem que está fazendo muito.
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Todas as pesquisas foram realizadas com amostras nacionalmente representativas de adultos com 18 anos ou mais. Aqui está a metodologia de pesquisa utilizada em cada público.